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José Espinho. Vida e obra

10 Dez. 2015 > 17 Abr. 2016

Piso 3

Programação e Coordenação Geral
Bárbara Coutinho

Curadoria
Graça Pedroso

Design Expositivo
Isabel Barbas, João Manuel Alves Arquitetos

Design Gráfico
Paula Guimarães


Depois das exposições dedicadas a António Garcia, Eduardo Afonso Dias e Miguel Arruda, prosseguimos o trabalho de investigação, conservação, divulgação e musealização do design português, uma das prioridades estratégicas do museu desde a sua inauguração em 2009.
Apresentamos assim a primeira grande exposição dedicada à vida e obra de José Espinho (1915-1973), um dos pioneiros do design português, mas ainda hoje quase desconhecido do grande público. José Espinho é autor de uma obra vasta que vai da arquitetura de interiores ao design de produto, passando pelo design efémero, design expositivo, design gráfico, edição e ilustração, estas duas últimas áreas desenvolvidas em particular enquanto funcionário da Câmara Municipal de Lisboa. Espelho desta diversidade, a exposição apresenta cerca de 90 peças de mobiliário e uma vasta documentação iconográfica que dá a conhecer muitos espaços interiores,  em que interveio nomeadamente Teatro Micaelense,  Cine-Teatro Monumental, Cervejaria Solmar, Hotel Mundial, Hotel Tivoli, Hotel Ritz Four Seasons, Hotel Estoril-Sol, Casino do Estoril, Hotel Alvor, Hotel Trópico Luanda, na sua grande maioria desvirtuados ou demolidos.
Para conhecer o homem por detrás da obra, apresentamos alguns objetos pessoais que testemunham o seu gosto pela pintura, talento para o desenho, sentido de humor e interesse pela fotografia e música. Evocam-se também as cumplicidades e relações de trabalho com muitos outros protagonistas do design e da arquitetura do seu tempo, por exemplo, Carlos Rafael, Leonildo Dias, Manuel Rodrigues, Thomaz Mello, Fred Kradolfer, António Garcia, Daciano da Costa, Eduardo Anahory, Eduardo Afonso Dias, Sebastião Rodrigues, da Carmo Valente e os arquitectos José Leitão de Barros, Keil do Amaral, Rodrigues Lima, Inácio Peres Fernandes e Raúl Tojal e ainda os industriais José Pedro Olaio, Herbert Brehm e José Sousa Braga. A António Garcia, prestamos uma simples homenagem reinterpretando graficamente o lógotipo que criou para o ateliê de José Espinho, e que este utilizou durante mais de 20 anos.
O mobiliário, produzido em colaboração com várias firmas, particularmente com os Móveis Olaio, onde foi consultor de Estética Industrial, é apresentado numa sequência cronológica e, de acordo com a perspetiva curatorial, em três momentos principais: neo-rústico, moderno e estética industrial.
Por ocasião desta exposição o MUDE editará (em data a anunciar) uma publicação com uma biografia, cronologia e ensaios, profusamente ilustrada, colmatando uma lacuna grave ao nível da edição.