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Projeto


O objetivo do programa museológico e do projeto de arquitetura é transformar um edifício pensado como um espaço fechado, hierárquico e segregado que refletia uma cultura autocrática, num lugar vivo, inclusivo e dinâmico que promova a experiência plena e participativa dos seus visitantes. Para o concretizar, define-se a abertura ao público da maioria das áreas de acesso restrito do antigo banco, transformando-as em espaços públicos para atividades educacionais, residências de designers, centros de documentação, debates e encontros. É também projetado um sistema de circulação multidirecional e fluido, de modo a oferecer múltiplas opções para que cada visitante possa alcançar as diferentes áreas públicas e escolher os seus percursos. As múltiplas valências do museu desenvolvem-se na configuração espacial atual ou reativam espaços originais, que, entretanto, se encontravam fechados, preservando os elementos fundamentais do projeto de Tertuliano Marques e Cristino da Silva de modo a reforçar a identidade do quarteirão.

O piso 0 será maioritariamente afeto à loja do museu, para além de ser a área de receção, reabrindo-se as portas de acesso existentes nos alçados da Rua da Prata, Rua de S. Julião e Rua do Comércio, de modo a criar um prolongamento das ruas no interior. No piso -1, a sala de cofres de aluguer manter-se-á intacta, funcionando como espaço expositivo. O antigo restaurante da Administração do BNU, no piso 6, será a cafetaria e a esplanada do MUDE. Os pisos 1, 2, 4 e 5 destinam-se a exposições temporárias, biblioteca de design, oficinas educativas, salas de ensaio, residências para designers, auditório e respetivas áreas de apoio, cafetaria, salas de eventos e reservas, estas últimas parcialmente visíveis e visitáveis. O piso 3 será exclusivamente dedicado à exposição de longa duração.