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O MUDE vai à Suiça

De 19 de setembro a 29 de outubro
em Chaux-de-Fonds, Suiça

Em 2014, a exposição Como se pronuncia design em português? procurava perceber os conceitos de lugar, identidade, cultura, património e memória se manifestava, no design em Portugal. Esta exposição transformou-se na exposição Design Português. Formas de uma identidade que itinerou por Madrid (2016) e que este ano se apresenta em Chaux-de-Fonds. Logo em 2014 a interrogação foi deixada em aberto com o intuito de olhar para as diferentes expressões do design pensado em português. Primeiro no Brasil com a próxima exposição Como se pronuncia design em português? Brasil Hoje, a inaugurar a 23 de setembro e, mais tarde, nos países africanos de expressão portuguesa.
A exposição realiza-se no âmbito da programação dedicada a Portugal intitulada “Olá Portugal” promovida pela Associação Vivre La Chaux-de-fonds para a divulgação da arquitectura, artes, gastronomia, música, literatura e design do nosso país.
A exposição nasce da interrogação Como se pronuncia design em português? e pretende compreender como as circunstâncias geográficas de Portugal, a herança histórica, a cultura, as tradições e a consciência coletiva influenciaram e/ou se refletiram no pensamento e na obra de cada autor. Procura conhecer o modo como os conceitos de lugar, pertença, identidade e memória têm vindo a ser trabalhados ao nível do design, avaliando a eventual existência de valores e características em comum. Por outras palavras, que sentido e significado pode ter hoje o «ser português» na cultura material contemporânea? E em que medida o desenvolvimento da produção nacional não passa pelo trabalho da nossa matriz cultural, sem preconceitos e com a consciência de quem somos? 
Estão representados autores de diferentes gerações, percursos e formações, mostrando a vitalidade de percursos e propostas. A seleção recaiu sobre as propostas consideradas mais representativas para as questões curatoriais colocadas. A exposição propõe diálogos entre diferentes épocas, autores e linguagens, respeitando sempre e em primeiro lugar a singularidade de cada obra. Dando uma particular atenção aos setores de produção tradicionais, desenham-se três eixos de leitura intercomunicantes: O Predomínio da Forma sobre o Ornamento ou A Procura pela Estrutura das Coisas; Inteligência Prática e Sensibilidade pela Matéria. A Excelência das Manufaturas e das Artes Aplicadas; Entre o Popular e o Erudito. Variações sobre o Tema da Tradição.
A exposição remete para autores, iniciativas, entidades e exposições marcantes para a história do design entre 1970 e a atualidade.